Como em 2023, 283 mil pedidos com essa motivação, foram concedidos, os dados revelam um aumento de 68% em 2024, em relação ao ano anterior. Depressão recorrente e ansiedade são uma das maiores motivações para os pedidos de afastamento, sendo a maior parte deles entre as mulheres (64%), com uma média de 41 anos.
Diante dessa crise, o governo federal decidiu endurecer as regras para proteção da saúde mental no ambiente corporativo. O Ministério do Trabalho anunciou a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que agora torna obrigatória a fiscalização rigorosa de práticas voltadas ao bem-estar dos funcionários. Empresas que não cumprirem as novas diretrizes poderão ser advertidas e até multadas, caso não adotem medidas adequadas.
A medida busca incentivar empregadores a implementarem estratégias mais eficazes de prevenção, como programas de apoio psicológico, jornadas de trabalho mais equilibradas, maior flexibilização e ambientes laborais menos hostis.
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Fonte: G1 – Dados do Ministério da Previdência Social |
A nova regulamentação representa um avanço na discussão sobre saúde mental no trabalho e reforça a importância de empresas assumirem um papel ativo na construção de um ambiente mais saudável. O aumento da fiscalização promete transformar a relação entre empregadores e funcionários, destacando a necessidade urgente de priorizar a saúde psicológica como fator essencial para o desenvolvimento sustentável do mercado de trabalho.
Especialistas apontam que o crescimento de afastamento está diretamente ligado ao cenário econômico instável, às cicatrizes da pandemia e às condições de trabalho, apontadas como cada vez mais exigentes e precárias. A alta carga de estresse, pressões por produtividade e falta de suporte psicológico dentro das empresas são alguns dos fatores que contribuem para esse quadro preocupante.
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