Número de pessoas negras com nível superior completo aumenta, mas ainda é metade do de brancos, diz IBGE

 

População de pretos e pardos com nível superior ficou 5 vezes maior de 2000 a 2022

População de pretos e pardos com nível superior ficou 5 vezes maior de 2000 a 2022 | Foto: Pexels


De 2000 a 2022, o número de pessoas pretas com nível superior completo, com 25 anos ou mais, saiu de 2,1% para 11,7%. Já a da população parda, saiu dos 2,4% para 12,3%. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Censo de 2022 da Educação. Assim, a proporção da população negra, junção de pretos e pardos, com nível superior completo, aumentou mas entre os brancos a quantidade é duas vezes maior (25,8%).

Enquanto a proporção de pretos cresceu 5,8 vezes em 22 anos, a de pardos cresceu 5,2 vezes no mesmo período. A maior presença da população com cor ou raça preta e parda é na área de serviço social, enquanto a menor é em medicina. Na área de serviço social, os pretos representam 11,8% e os pardos 40,2%. Apenas 2,8% da população preta estava na graduação de medicina em 2022 e 19,1% eram pardos.

A pesquisa também mostra que pessoas de 25 anos ou mais com o ensino fundamental incompleto eram 40,5% entre a população de cor ou raça preta e 40,1% entre a população parda. Em contraponto, pessoas brancas na mesma faixa etária representavam 29,2%. 

As mulheres com 20,7% se sobressaem entre os homens com 15,8% no nível de instrução, segundo o IBGE. Quando estava sendo analisada a população sem instrução ou fundamental incompleto eram 37,3% homens e 33,4% as mulheres. 

Os dados mostram que o Distrito Federal tem 37,0% das pessoas de 25 anos ou mais com nível superior completo, em segunda posição estava São Paulo, representando 23,3%. O estado do Maranhão tinha a menor proporção com 11,1%. No Censo de 2000, o DF tinha 15,3% da população com esse nível de escolaridade, enquanto o MA tinha 1,9%. 

Fazendo o recorte entre municípios, o Censo 2022 mostrou que em 3.008, mais da metade da população tinha o nível de instrução “sem instrução e fundamental incompleto”, em contraponto, em 75 municípios, mais de um quarto da população com 25 anos ou mais tinham ensino superior completo. 

De acordo com o IBGE, a frequência escolar está abaixo da meta do PNE (Plano Nacional de Educação), nas faixas de 0 a 5 anos. No período analisado de 2000 a 2022, cresce em quase todas as faixas etárias a frequência à escola ou creche. Entre 0 e 3 anos, a taxa era de 33,9% e 86,7% entre 4 e 5 anos. Na faixa etária entre 6 a 14 anos, o indicador foi de 98,3% e entre 15 a 17 foi 85,3%. Pessoas de 18 a 24 anos, tiveram uma taxa de frequência bruta de 27,7% e de 25 anos ou mais, 6,1%. A meta do PNE é atender 50% das crianças de até três anos. 



NOTÍCIA PRETA

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