Onde estão as propostas?

Passadas duas semanas desde o início das campanhas políticas, a sensação é de que a campanha ainda não pegou fogo. Apesar das agendas intensas da maioria dos candidatos, com caminhadas, visitas porta a porta, feiras e comércio em geral, parece que grande parte do eleitorado ainda está apática, sem se engajar com as candidaturas. Muitos ainda estão indecisos. Talvez isso aconteça quando as pessoas puderem se concentrar mais nas eleições, pois a maioria está ocupada cuidando da vida, trabalhando, e nem todos vivem na bolha da política.

Até o momento, o que tem faltado são propostas. Nas ruas, há muita conversa ao pé do ouvido, tapinhas nas costas, distribuição de santinhos, musiquinhas e gente animada segurando bandeiras. Nas redes sociais, vemos muitos memes engraçados, dancinhas, vídeos e fotos criativas produzidos pelo marketing. Mas as propostas, que deveriam ser o foco, estão escassas. Ao dar uma olhada nas redes sociais dos candidatos a prefeito, é raro encontrar ideias concretas, projetos ou programas de governo. O povo não está interessado em política de ataques pessoais, xingamentos e superficialidades. O que as pessoas querem saber é o que os candidatos podem oferecer à cidade. A esperança é que isso mude com o início do horário eleitoral gratuito, que começa na sexta-feira, onde os candidatos terão espaço para detalhar seus planos de governo. Outro ponto de esperança são as entrevistas realizadas pela Rádio Excelsior, onde os candidatos serão sabatinados, permitindo que expliquem ao povo suas intenções e programas, além do debate que será realizado, um momento crucial para oferecer ao povo a oportunidade de avaliar as propostas.