No dia 15 de agosto, foi assinado o pedido oficial de abertura do processo de beatificação de Maria Milza dos Santos Fonseca, carinhosamente conhecida como "Mãezinha". A assinatura do documento ocorreu na data em que Maria Milza completaria 101 anos, durante uma missa presidida por Dom Estavam dos Santos, Bispo de Ruy Barbosa, no Santuário Diocesano de Alagoas, em Itaberaba.
Maria Milza
Nascida em 1923 no povoado de Alagoas, em Itaberaba, Maria Milza destacou-se como uma figura religiosa notável, reconhecida por sua profunda fé, dedicação aos mais necessitados e pelos relatos de curas atribuídas a ela. Desde jovem, demonstrou grande devoção à Igreja Católica, auxiliando doentes com orações e remédios caseiros. Seu legado de amor e fé perdurou até sua morte, em 1993, após 38 anos de romaria, sendo venerada por muitos.
Beatificação
A beatificação é o primeiro passo no processo de canonização, em que o candidato é proposto como modelo de virtude e intercessor. O processo inicia-se na diocese local, onde o bispo consulta a comunidade e o Vaticano para obter a aprovação necessária. Em seguida, um tribunal diocesano é estabelecido, e um postulador é nomeado para reunir documentos, testemunhos, biografias e relatos de milagres. O processo também envolve a exumação dos restos mortais do candidato e a organização de um arquivo com todos os materiais relevantes.
Após a conclusão do processo diocesano, a documentação é enviada ao Dicastério para a Causa dos Santos, no Vaticano, onde teólogos e especialistas avaliam a vida de santidade do candidato. Se o grau heroico das virtudes for reconhecido, o candidato é declarado “Venerável”. Para a beatificação, é necessário que um milagre seja comprovado e aceito pela Igreja, após uma rigorosa investigação.
Se o milagre for confirmado, o Papa assina o decreto de beatificação, e uma cerimônia oficial é marcada para honrar o novo beato, dando início ao caminho para a canonização, que exige a confirmação de um segundo milagre.