A Terra bateu em março, pelo décimo mês consecutivo, novo recorde mensal de calor, anunciou o programa europeu de observação da Terra Copernicus. As temperaturas do ar e dos oceanos atingiram também o nível máximo histórico neste mês, de acordo com a agência.
Os termômetros registraram temperaturas mais altas na Europa, no leste da América do Norte, na Groenlândia, no leste da Rússia, na América Central, em partes da América do Sul, no sul da Austrália e em partes da Antártica e da África.
Considerando os últimos 12 meses (abril de 2023 a março de 2024), a temperatura média global na superfície é a mais alta já registrada, cerca de 0,70°C acima da média de 1991-2020 e 1,58°C acima da média pré-industrial.
Diana Ürge-Vorsatz, uma das vice-presidentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, observou que o planeta tem aquecido a um ritmo de 0,3ºC por década nos últimos 15 anos, quase o dobro dos 0,18ºC por década, tendência desde a década de 1970. “Isso está dentro da faixa de variabilidade climática ou é um sinal de aquecimento acelerado? Minha preocupação é que possa ser tarde demais se esperarmos para ver”, ela tuitou.
Enquanto isso, a humanidade continua longe de reduzir as emissões de de combustíveis fósseis, que já se comprovaram cientificamente, serem os maiores vilões da crise climática global.
“Se a anomalia não estabilizar até agosto – uma expectativa razoável baseada em eventos anteriores do El Niño – então o mundo estará em território desconhecido” afirmou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa.
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