PF converte em preventiva prisão de esposa de deputado suspeito de chefiar milícia na BA; cinco PMs envolvidos no caso são afastados

 

Foto: Reprodução/G1 Bahia



A esposa do deputado estadual Binho Galinha, suspeito de chefiar um grupo miliciano, foi presa preventivamente nesta terça-feira (9). Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, esteve inicialmente sob prisão domiciliar, mas teve o mandado revogado até a decisão cumprida mais cedo. A mulher foi alvo da Operação Hybrius, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.

Na mesma ação, cinco policiais militares suspeitos de integrar a organização criminosa foram suspensos de atividades públicas. De acordo com a PF, o grupo é investigado por lavar dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.

A Operação Hybris é um desdobramento da Él Patron, que foi deflagrada no ano passado e investigou o deputado Binho Galinha. Na ocasião, três PMS foram presos. Esses policiais não são os mesmos que tiveram as suspensões das atividades nesta terça-feira. A PF não especificou quem foi preso, nem as circunstâncias da prisão. 


Durante a operação desta terça, foram cumpridos também:

17 mandados de busca e apreensão;

bloqueio de aproximadamente R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados;

suspensão de atividades econômicas de uma empresa, que não teve o nome divulgado.

Toda a ação foi apoiada por agentes da Receita Federal, Ministério Público da Bahia (MP-BA), Força Correcional Integrada e Corregedoria da Polícia Militar.


Desdobramento de operação


A Operação Hybris é um desdobramento da El Patrón, deflagrada em dezembro do ano passado. Na ocasião, seis pessoas foram presas preventivamente e 35 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em Feira de Santana, por suspeita de formarem um uma milícia responsável por lavagem de dinheiro.

O chefe da organização criminosa foi apontado como o deputado Binho Galinha. Ele não está preso por ser detentor do foro de prerrogativa de função, conhecido popularmente como foro privilegiado.

Em nota enviada à imprensa, o deputado informou que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação. Ele nega ter praticado os crimes.

Apesar dele não estar preso em regime fechado, outros envolvidos na organização foram detidos, incluindo familiares de Binho Galinha. Relembre:

três policiais militares;
a esposa de Binho Galinha, Mayana Cerqueira da Silva, de 43 anos, que cumpria prisão domiciliar até esta terça;
o filho de Binho Galinha, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, de 18 anos, que está em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica.

Segundo as investigações, a milícia atuava há 20 anos na Bahia e desviou milhões de reais ao longo das décadas.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato